O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição complexa e multifacetada que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
Estima-se que aproximadamente 1 em cada 54 crianças seja diagnosticada com TEA, de acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).
Existem diferentes tipos de autismo, e entender como cada um se manifesta é crucial para oferecer o suporte adequado.
Neste blog, vamos explorar os principais tipos de autismo, ajudando você a entender melhor essa condição e como ela pode se apresentar.
O que é o transtorno do espectro autista?
Antes de mergulharmos nos tipos de autismo, é importante entender o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O TEA é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. O termo “espectro” é usado porque as características do autismo podem variar amplamente entre as pessoas, tanto em termos de gravidade quanto de combinação de sintomas.
Dados mostram que o diagnóstico de autismo é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
Autismo de alto funcionamento
O autismo de alto funcionamento é um dos tipos de autismo em que as pessoas possuem habilidades cognitivas dentro ou acima da média.
Elas podem ter desafios sociais, como dificuldades em interpretar expressões faciais e interações sociais complexas, mas geralmente têm uma linguagem bem desenvolvida e podem viver de forma independente com o suporte certo.
É importante notar que “alto funcionamento” não significa ausência de dificuldades, mas sim que essas pessoas podem mascarar algumas de suas dificuldades devido às suas habilidades intelectuais.
Síndrome de Asperger
A síndrome de Asperger é mais uma variação entre os tipos de autismo, caracterizada por dificuldades na interação social e interesses intensamente focados.
Pessoas com Asperger costumam ter uma inteligência normal ou acima da média e não apresentam atrasos significativos na fala.
No entanto, podem ter dificuldade em entender normas sociais, expressões faciais e linguagem corporal, o que pode tornar as interações sociais desafiadoras.
De acordo com estudos, a síndrome de Asperger tende a ser diagnosticada mais tarde na infância ou na adolescência, pois os sinais podem ser mais sutis.
Autismo clássico
O autismo clássico, também conhecido como autismo severo, é talvez o mais conhecido dos tipos de autismo.
Pessoas com autismo clássico podem apresentar dificuldades significativas na comunicação verbal e não verbal, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos.
Essas pessoas geralmente precisam de suporte substancial para realizar atividades diárias e podem ter dificuldades em aprender e aplicar novas habilidades.
Estima-se que cerca de 31% das crianças com TEA apresentem deficiência intelectual significativa.
Autismo de baixo funcionamento
O autismo de baixo funcionamento é outro dos tipos de autismo, caracterizado por maiores dificuldades cognitivas e desafios significativos na comunicação.
Pessoas com esse tipo de autismo podem ter pouca ou nenhuma fala e frequentemente precisam de suporte intensivo ao longo da vida. Apesar das dificuldades, é essencial reconhecer e valorizar as habilidades e talentos únicos que essas pessoas podem possuir.
Muitas vezes, essas pessoas precisam de apoio constante para atividades diárias e cuidados.
Transtorno desintegrativo da infância
O transtorno desintegrativo da infância, também conhecido como síndrome de Heller, é uma das variações mais raras entre os tipos de autismo.
Nesta condição, uma criança desenvolve-se normalmente até os 2 ou 3 anos de idade e, então, perde habilidades sociais, linguísticas e motoras previamente adquiridas.
Este transtorno é considerado uma forma grave de autismo e geralmente requer suporte intensivo.
Devido à sua raridade, essa condição é menos conhecida, mas exige uma intervenção rápida para melhorar o prognóstico.
A importância do diagnóstico e do suporte
Independentemente dos tipos de autismo, um diagnóstico precoce e o suporte adequado são fundamentais para ajudar as pessoas autistas a alcançar seu pleno potencial.
Terapias, intervenções educacionais e suporte familiar podem fazer uma enorme diferença na qualidade de vida dessas pessoas, ajudando-as a navegar pelos desafios e a desenvolver suas habilidades.
Segundo especialistas, intervenções precoces podem melhorar significativamente os resultados para crianças com TEA.
Lembre-se: você não está só!
Veja nosso blog –→ Primeiros sinais de autismo.