Para muitos, o flapping autismo pode parecer estranho, mas ele desempenha um papel na vida de quem está no espectro.
O autismo, conhecido formalmente como Transtorno do Espectro Autista (TEA), afeta cerca de 1 em cada 54 crianças, segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention).
Esse espectro inclui uma vasta gama de comportamentos e características, que variam amplamente entre os indivíduos.
Um comportamento frequentemente observado entre pessoas autistas é o “flapping”, que consiste em movimentos repetitivos das mãos.
O Que É Flapping Autismo?
O flapping autismo é um comportamento autossensorial comum em pessoas com autismo, caracterizado por movimentos repetitivos das mãos, como se a pessoa estivesse “batendo asas”.
Esses movimentos são frequentemente automáticos e podem ocorrer em resposta a estímulos sensoriais, emocionais ou cognitivos.
Para os indivíduos autistas, o flapping não é apenas uma manifestação física, mas uma forma de comunicação e autorregulação.
Por Que o Flapping Acontece?
O flapping autismo pode ocorrer por diversos motivos, sendo um deles a autoestimulação sensorial, também conhecida como “stimming”.
Quando uma pessoa autista se encontra em situações estressantes, ansiosas, ou excitantes, o flapping pode ajudar a acalmar o sistema nervoso.
Além disso, em ambientes sobrecarregados de estímulos sensoriais, como sons altos, luzes brilhantes ou muitas pessoas, o flapping autismo pode funcionar como um mecanismo para filtrar ou processar esses estímulos de maneira mais gerenciável.
Em crianças autistas, o flapping autismo pode ser um comportamento muito visível, especialmente em situações de excitação ou frustração.
Para muitos, esses movimentos servem como uma maneira de expressar emoções que talvez não consigam verbalizar facilmente.
É essencial lembrar que o flapping autismo não é necessariamente um indicativo de algo negativo; ele pode ser simplesmente uma maneira da pessoa se conectar consigo mesma e com o ambiente ao seu redor.
Como Lidar Com o Flapping?
Para pais e cuidadores, entender o flapping autismo é um passo importante para apoiar a criança autista. Ao invés de tentar eliminar o comportamento, é recomendável observar em que contextos ele ocorre e quais fatores o desencadeiam.
Por exemplo, se o flapping ocorre em situações de ansiedade ou estresse, talvez seja necessário ajustar o ambiente ou fornecer outras formas de conforto sensorial.
Procurar o apoio de um terapeuta ocupacional pode ser útil, especialmente se o flapping interferir em atividades cotidianas ou causar desconforto em ambientes sociais.
Um profissional pode sugerir estratégias para redirecionar o comportamento ou adaptá-lo de maneira que seja menos disruptivo, sem desrespeitar a necessidade de autorregulação da pessoa autista.
Educação e Conscientização Sobre o Flapping
Educar pais, professores e a comunidade em geral sobre o flapping e outros comportamentos sensoriais são essencial para construir um ambiente inclusivo.
Compreender que esses comportamentos fazem parte da identidade autista e não devem ser vistos como algo a ser “consertado” é fundamental para aceitar e apoiar melhor as pessoas no espectro.
Ao disseminar essa compreensão, reduzimos o estigma e promovemos um ambiente mais acolhedor para todos.
Ao invés de tentar suprimir esse comportamento, é mais produtivo compreender suas causas, respeitar sua função e criar um ambiente onde a pessoa autista se sinta segura e compreendida.
A aceitação desses comportamentos é um passo importante para construir uma sociedade mais inclusiva e empática, onde cada indivíduo é valorizado por suas características.
Se você está começando a notar comportamentos diferentes em seu filho, como falta de contato visual, dificuldade em se comunicar ou interesses muito restritos, é importante prestar atenção.
Esses podem ser os primeiros sinais de autismo, e reconhecer esses indícios precocemente podem fazer toda a diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança.
Para saber mais sobre como identificar e entender esses sinais, confira nosso blog Primeiros sinais de autismo e descubra como estar atento pode transformar essa jornada.
Lembre-se: você não está só!
