Você já ouviu a frase “Autismo não é doença”? Muitas pessoas ainda confundem autismo com uma doença, mas é crucial entender que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento.
Vamos explorar o que é o autismo, porque o autismo não é uma doença, as diferenças entre autismo e outras condições de saúde e os benefícios de compreender o autismo como uma condição neurológica.
O que é o autismo?
Vamos entender que o autismo não é doença, mas primeiro precisamos saber o que é o autismo.
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social.
De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), cerca de 1 em cada 54 crianças nos Estados Unidos é diagnosticada com autismo.
No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas estejam no espectro autista.
O autismo é caracterizado por uma ampla gama de habilidades e desafios, variando de leves a graves.
Características do autismo
- Dificuldades na comunicação: podem incluir problemas com a fala, compreensão e uso da linguagem.
- Comportamentos repetitivos: atividades e movimentos repetitivos, como balançar o corpo ou alinhar objetos.
- Interesses restritos: forte interesse em tópicos específicos ou atividades.
- Interação social: desafios na interação com outras pessoas, incluindo dificuldade em entender expressões faciais e emoções.
Agora que sabemos o que é o autismo, vamos entender por que o autismo não é uma doença.
Autismo não é doença: entenda o por que
Autismo não é doença, mas sim uma condição neurológica que representa uma forma diferente de desenvolvimento cerebral.
A ideia de que o autismo é uma doença é um equívoco comum.
Segundo a Dr.ᵃ Temple Grandin, uma das vozes mais respeitadas na comunidade autista, “o autismo é uma variação no funcionamento do cérebro”.
Esta visão é apoiada por profissionais de saúde e organizações de autismo em todo o mundo.
Por que autismo não é doença?
- Não é uma condição patológica: o autismo não é causado por vírus, bactérias ou qualquer agente patogênico. Não é algo que possa ser “curado” porque não é uma doença.
- Diferença neurológica: o autismo é uma variação neurológica. Pessoas com autismo têm maneiras únicas de perceber e interagir com o mundo.
- Condição de vida: o autismo acompanha a pessoa durante toda a vida, influenciando sua maneira de pensar, sentir e agir.
Agora que entendemos por que o autismo não é uma doença, vamos explorar as diferenças entre autismo e outras condições de saúde.
Leia nosso blog –→ O autismo tem cura? Equívocos comuns e como oferecer apoio.
Autismo não é doença: entenda as diferenças entre autismo e outras condições de saúde
É importante distinguir o autismo de outras condições de saúde para evitar confusões e estigmas.
Autismo não é doença, mas aqui estão algumas diferenças entre o autismo e outras condições importantes:
- Causas: enquanto muitas doenças têm causas identificáveis, como infecções ou lesões, o autismo resulta de uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais.
- Tratamento: doenças geralmente requerem tratamento médico para cura ou controle dos sintomas. O autismo, por outro lado, não tem cura, mas pessoas com autismo podem se beneficiar de terapias e intervenções que ajudam a desenvolver habilidades e melhorar a qualidade de vida.
- Curso: doenças podem ser temporárias ou crônicas, mas o autismo é uma condição permanente que afeta a pessoa ao longo de toda a vida.
Exemplo de condições de saúde
- Esquizofrenia: uma doença mental que afeta a percepção da realidade, muitas vezes confundida com o autismo devido a alguns sintomas sobrepostos, mas que tem causas, sintomas e tratamentos diferentes.
- Depressão: uma condição mental que causa sentimentos persistentes de tristeza e perda de interesse, tratável com medicamentos e terapia.
Agora que entendemos as diferenças entre autismo e outras condições de saúde, vamos ver os benefícios de compreender o autismo como uma condição neurológica.
Benefícios de compreender o autismo como uma condição neurológica
Sabemos que o autismo não é doença, agora veremos os benefícios de compreender isso.
Compreender que autismo não é doença traz vários benefícios, tanto para as pessoas com autismo quanto para a sociedade em geral.
Aqui estão alguns dos principais benefícios:
- Redução do estigma: ao reconhecer o autismo como uma variação neurológica, podemos reduzir o estigma associado a ele e promover uma maior aceitação e inclusão.
- Apoio adequado: compreender o autismo permite fornecer o apoio e as intervenções adequadas para ajudar as pessoas com autismo a desenvolver suas habilidades e alcançar seu potencial máximo.
- Melhoria na qualidade de vida: ao adotar uma abordagem que valoriza as diferenças neurológicas, podemos criar ambientes mais acolhedores e inclusivos que melhoram a qualidade de vida das pessoas com autismo.
- Educação e sensibilização: educar o público sobre a verdadeira natureza do autismo ajuda a aumentar a conscientização e a compreensão, promovendo uma sociedade mais empática e informada.
De acordo com um estudo da Autism Speaks, iniciativas de conscientização e educação têm levado a um aumento no diagnóstico precoce e no acesso a intervenções, melhorando significativamente a qualidade de vida das pessoas com autismo.
Ao educar-nos e sensibilizar a sociedade, podemos promover uma inclusão maior e criar um ambiente mais acolhedor para todos.
Lembre-se: você não está só!