Autismo é um perfil cognitivo que pode trazer desafios e pontos fortes.
Para pessoas com autismo em adulto, pode haver momentos em que é necessário ajuda e apoio.
O autismo não é uma condição que os médicos curam ou tratam, mas sim uma diferença de desenvolvimento que possui características de alto valor e outras que podem ser desejadas para mudança.
Diferentes níveis de apoio estão disponíveis
Existem muitos traços autistas que uma pessoa pode ter, e cada indivíduo com autismo é único. Isso significa que os apoios necessários variam de pessoa para pessoa.
Autismo em adulto pode apresentar uma variedade de necessidades.
Algumas pessoas autistas são totalmente independentes e levam vidas bastante típicas, com poucos desafios.
Outras precisam de suporte 24 horas por dia, e muitas se encontram em algum lugar entre esses extremos.
Entenda em nosso blog –→ Quais são os 3 níveis de autismo?
Ao avaliar os tipos de mudanças a serem feitas, é útil considerar as principais diferenças associadas ao autismo em adulto:
- Comunicação alterada
- Redução na interação social recíproca
- Comportamentos restritos e repetitivos
A sensibilidade ao som é outro traço potencial.
Fones de ouvido com cancelamento de ruído podem ser essenciais para algumas pessoas, mas podem interferir na comunicação com os outros.
Tipos de terapias
A terapia é uma ferramenta poderosa para apoiar diversas questões.
Existem vários tipos de terapias que podem ser benéficas para autismo em adulto, ajudando com traços autistas e outros diagnósticos que possam ter.
Opções a considerar incluem:
- Terapia da fala e linguagem: para ajudar na comunicação verbal e não verbal.
- Terapia ocupacional: para ajudar nas tarefas diárias.
- Treinamento de habilidades sociais: para ensinar habilidades de conversa e aprendizagem social e emocional.
- Terapia de integração sensorial: para ajudar na regulação dos estímulos sensoriais.
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): para ajudar em situações sociais e no reconhecimento de emoções.
Autismo em adulto: a medicação pode ajudar?
Embora o autismo em adulto não seja tratado com medicação, algumas pessoas podem ter comportamentos que interferem na sua capacidade de prosperar, os quais podem não ser causados pelo autismo.
Por exemplo, dificuldades com atenção sustentada e memória de trabalho fraca podem ser devido ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Instabilidade de humor pode ser depressão, e a necessidade de realizar rituais pode ser transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Se houver comportamentos e tendências que atrapalham o dia a dia, um médico pode determinar se são causados por uma condição tratável com medicação.
Dicas para o dia a dia
Viver em um mundo projetado para pessoas não autistas pode trazer desafios, especialmente para aqueles que vivem com autismo em adulto.
A velocidade, o caos e a sobrecarga sensorial podem, às vezes, fazer com que a pessoa queira se afastar e se esconder.
No entanto, participar do mundo ao redor pode ser benéfico.
O segredo é gerenciar os níveis de estresse para evitar se sentir sobrecarregado.
Aqui estão algumas dicas que podem ajudar no dia a dia para aqueles com autismo:
- Cobertores ponderados: proporcionam uma pressão suave e calmante durante a noite para aliviar a ansiedade e melhorar o sono.
Veja no blog sobre –→ O que saber sobre o cobertor ponderado no autismo
- Brinquedos de inquietação: podem proporcionar uma distração reconfortante da ansiedade e oferecer uma saída para a energia nervosa.
- Exercícios de relaxamento: ser consciente da necessidade de relaxar é o primeiro passo. Exercícios de respiração, treinamento de mindfulness, relaxamento muscular progressivo e imaginação de cenas tranquilas podem ajudar.
- Autodefesa: identificar e comunicar os gatilhos que causam ansiedade pode ajudar as pessoas ao redor a oferecerem apoio necessário, como remover o gatilho ou dar tempo para sair do ambiente e se acalmar.
Intervenções podem proporcionar alívio imediato, enquanto outras podem necessitar de tempo para mostrar resultados.
Surpreendentemente, quanto mais coisas são tentadas, melhores são os resultados, pois as intervenções frequentemente funcionam melhor em conjunto, como a forma como o exercício pode melhorar o sono.
Fazer do autocuidado e da autodefesa prioridades e pedir ajuda quando necessário pode fazer uma grande diferença na vida de adultos com autismo.
Conhecer estratégias úteis beneficia não só a pessoa autista, mas também as pessoas ao seu redor que desejam oferecer apoio.
Lembre-se: você não está só!