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O Autismo é Genético?

Autismo é genético
Autismo é genético

O autismo é genético? Muitas pessoas se perguntam sobre as causas do autismo. Entender essa condição pode ajudar a oferecer melhor apoio para as famílias afetadas.

Vamos explorar se o autismo é genético, os estudos sobre a hereditariedade, o papel dos genes e como eles interagem com o ambiente.

Fatores genéticos no autismo

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento.

Acredita-se que fatores genéticos desempenhem um papel importante no desenvolvimento do autismo.

Estudos indicam que até 90% do risco de desenvolver autismo pode ser atribuído a fatores genéticos. Isso mostra que os genes têm um impacto forte na probabilidade de uma pessoa ter a condição.

Pesquisadores identificaram vários genes que estão associados ao autismo.

Essas descobertas foram feitas por meio de estudos de ligação genética, estudos de associação do genoma e análises de sequenciamento de nova geração.

Entre os genes mais estudados estão o SHANK3, NRXN1, e o MECP2, que têm sido associados a diferentes formas do espectro autista.

Leia nosso blog —> Diferença entre autismo e asperger

Estudos sobre a hereditariedade do autismo

Estudos de famílias e gêmeos têm sido importantes para entender se o autismo é genético.

Pesquisas mostram que irmãos de crianças com autismo têm um risco maior de também serem diagnosticados com a condição.

Em gêmeos idênticos, se um irmão tem autismo, a probabilidade de o outro irmão também ter é cerca de 77%, enquanto em gêmeos fraternos essa probabilidade é de aproximadamente 31%.

Esses dados foram publicados em um estudo de 2011 pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH).

O estudo reforça a ideia de que o autismo tem uma forte componente genética, embora não seja exclusivamente determinado por fatores genéticos.

Autismo é genético? Entenda o papel dos genes

Iremos ver se o autismo é genético entendendo o papel dos genes.

Então, o autismo é genético? A resposta é sim, em grande parte.

Os genes influenciam como o cérebro se desenvolve e como as células nervosas se comunicam entre si.

As mutações genéticas podem afetar essas funções, levando ao desenvolvimento do autismo.

No entanto, o autismo é uma condição complexa, e a presença de um gene associado ao autismo não significa que a pessoa definitivamente desenvolverá a condição.

Alguns genes aumentam a chance de autismo, mas sua expressão pode ser modulada por outros fatores genéticos e ambientais.

Por exemplo, uma combinação específica de mutações em vários genes pode aumentar a probabilidade de autismo, mas a exposição a certos fatores ambientais também pode ser necessária para que a condição se desenvolva.

Interações entre genes e ambiente no autismo

Além dos fatores genéticos, os fatores ambientais também desempenham um papel importante no desenvolvimento do autismo.

Pesquisadores acreditam que a interação entre genes e ambiente é fundamental para entender o autismo. Fatores ambientais podem incluir infecções maternas durante a gravidez, exposição a substâncias tóxicas e complicações no nascimento.

Um estudo publicado em 2014 na revista Nature analisou a interação entre fatores genéticos e ambientais no autismo.

O estudo concluiu que enquanto os genes estabelecem uma base para o autismo, fatores ambientais podem influenciar a expressão desses genes e, consequentemente, o risco de desenvolvimento da condição.

A epigenética, que estuda as mudanças na expressão gênica causadas por fatores externos ao DNA, também é uma área de interesse.

Mudanças epigenéticas podem ocorrer devido a influências ambientais e podem afetar como os genes são ativados ou desativados, contribuindo para o autismo.

A questão “Autismo é genético?” pode ser respondida com um forte “sim”, mas com a ressalva de que os fatores ambientais também são importantes.

Os genes desempenham um papel importante no desenvolvimento do autismo, mas sua interação com o ambiente é fundamental para compreender plenamente a condição.

Continuar a pesquisa nessa área é vital para desvendar as complexas causas do autismo e melhorar as estratégias de intervenção e apoio para as famílias afetadas.

Lembre-se: Você não está só!

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Valdemir Alexandre

NEUROPSICÓLOGO - CRP 06/12.562.0

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