Você já ouviu falar sobre “autismo e estereotipias”? Se você conhece alguém com autismo, talvez já tenha notado alguns comportamentos repetitivos ou padrões específicos de movimentos.
Esses comportamentos, conhecidos como estereotipias, são bastante comuns no espectro autista.
Vamos explorar o que são essas estereotipias, porque ocorrem, como afetam a vida diária e algumas estratégias para lidar com elas.
O que é autismo e estereotipias?
Autismo e estereotipias estão frequentemente ligados.
Estereotipias são movimentos repetitivos ou sons que as pessoas fazem.
No contexto do autismo, essas estereotipias podem incluir coisas como balançar o corpo, bater as mãos, repetir palavras ou frases (também conhecido como ecolalia), ou até mesmo alinhar objetos.
Esses comportamentos podem ser uma maneira de as pessoas com autismo se autorregularem ou se acalmarem.
No mundo do autismo, estereotipias não são incomuns.
Elas podem variar de leves a bastante intensas, dependendo da pessoa.
É importante lembrar que, embora possam parecer estranhas para quem não está familiarizado, para muitas pessoas com autismo, essas ações são reconfortantes ou mesmo essenciais para seu bem-estar.
Por que ocorrem estereotipias em pessoas com autismo?
Agora, você pode estar se perguntando: por que as estereotipias ocorrem em pessoas com autismo? Existem algumas razões possíveis.
Primeiro, autismo e estereotipias podem estar ligados como uma forma de autorregulação.
Isso significa que a pessoa está tentando gerenciar suas emoções, estresse ou até mesmo sensações físicas desconfortáveis.
Outra razão é que autismo e estereotipias podem ser uma maneira de as pessoas com autismo processarem informações sensoriais.
Por exemplo, o ambiente ao redor pode ser muito estimulante ou, ao contrário, pode haver uma falta de estímulos.
Em ambos os casos, os comportamentos repetitivos podem ajudar a pessoa a encontrar um equilíbrio sensorial.
Como as estereotipias afetam a vida diária?
Autismo e estereotipias podem afetar a vida diária de várias maneiras.
Para algumas pessoas com autismo, essas ações são uma parte normal de seu dia e não causam problemas.
No entanto, em alguns casos, estereotipias podem interferir em atividades cotidianas, como aprender, trabalhar ou socializar.
Por exemplo, uma pessoa que balança o corpo pode achar difícil ficar sentada em uma sala de aula ou reunião por muito tempo.
Da mesma forma, alguém que repete palavras ou frases pode encontrar dificuldades em conversas fluidas.
Além disso, algumas estereotipias podem atrair atenção indesejada ou causar desconforto em ambientes públicos, o que pode levar a mal-entendidos ou estigmatização.
Estratégias para lidar com estereotipias no autismo
Então, como podemos lidar com estereotipias no contexto do autismo? Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:
Compreender a função.
- É importante entender por que a estereotipia está acontecendo. Está ligada ao estresse, à excitação ou ao tédio?
- Saber a causa pode ajudar a encontrar maneiras alternativas de lidar com a situação.
Substituição de comportamentos.
- Algumas estereotipias podem ser substituídas por comportamentos mais aceitáveis ou menos visíveis, especialmente em ambientes onde isso possa ser um problema.
- Por exemplo: se alguém gosta de balançar as mãos, talvez possa segurar um pequeno objeto para brincar.
Criação de um ambiente calmante.
- Ambientes muito estimulantes podem intensificar estereotipias.
- Criar um espaço mais calmo e previsível pode ajudar a reduzir esses comportamentos.
Terapias e suporte.
- Terapias comportamentais e ocupacionais podem ser muito úteis.
- Essas terapias podem ajudar as pessoas a desenvolver habilidades de autorregulação e a encontrar maneiras alternativas de lidar com suas necessidades sensoriais.
Aceitação e compreensão.
- É importante lembrar que autismo e estereotipias fazem parte de quem a pessoa é.
- Promover a aceitação e a compreensão, tanto para a pessoa com autismo quanto para aqueles ao seu redor, é crucial para um ambiente inclusivo.
Autismo e estereotipias andam de mãos dadas para muitas pessoas no espectro.
Embora possam parecer estranhas ou desafiadoras para alguns, é importante entender que esses comportamentos são uma parte natural da vida de muitas pessoas com autismo.
Com a compreensão e as estratégias certas, é possível ajudar as pessoas com autismo a gerenciar suas estereotipias e viver vidas mais confortáveis e satisfatórias.
Lembre-se: você não está só!
Leia nosso blog –→ DSM 5 autismo: critérios e importância.