É incrível ver como a inclusão está ganhando cada vez mais espaço e sendo notada em grandes eventos, como o Rock in Rio.
Este ano, o festival trouxe uma novidade que fez toda a diferença: salas sensoriais especialmente preparadas para pessoas neurodivergentes, como autistas e aqueles com TDAH, oferecendo um ambiente mais tranquilo em meio à agitação do festival.
Esses espaços foram pensados para dar mais conforto a quem tem maior sensibilidade a estímulos, como luzes intensas e sons altos, permitindo que todos curtam o evento sem se sentirem sobrecarregados.
As salas sensoriais se mostraram essenciais para tornar grandes festivais mais acessíveis, garantindo que qualquer pessoa possa aproveitar ao máximo.
O Que é uma Sala Sensorial?
Uma sala sensorial é um ambiente criado para oferecer calma e bem-estar, ideal para quem precisa de um espaço com menos estímulos.
As luzes são suaves, o som é controlado, e há objetos que ajudam na regulação sensorial, como almofadas, pufes e brinquedos que acalmam.
No Rock in Rio, essas salas contaram com terapeutas ocupacionais prontos para oferecer suporte, ajudando pessoas que estavam se sentindo sobrecarregadas ou ansiosas.
Esses espaços foram especialmente úteis para quem tem Transtorno do Processamento Sensorial, algo comum em pessoas no espectro do autismo.
As salas sensoriais criaram um ambiente seguro, onde as pessoas podiam relaxar e depois voltar para curtir o evento com mais tranquilidade.
Veja mais em nosso blog –→ Autismo e a Sensibilidade Sonora Provocada Pela Hiperacusia.
Acessibilidade no Rock in Rio 2024
A acessibilidade foi uma das grandes apostas do Rock in Rio 2024. As salas sensoriais ajudaram a tornar o festival mais inclusivo para pessoas neurodivergentes.
O psicólogo Fábio Coelho, especialista em autismo, ressaltou como essas iniciativas “ajudam as pessoas a vivenciarem o evento de forma plena e confortável”.
Ele destacou que a inclusão de espaços como esses pode servir de exemplo para outros eventos e festivais, tornando-os mais acolhedores para todos.
Além das salas, o festival distribuiu kits sensoriais com abafadores de ouvido, óculos escuros e brinquedos fidgets.
Esses kits foram distribuídos em vários pontos do festival, garantindo que qualquer pessoa pudesse ter acesso a eles e desfrutar do evento sem preocupações.
Rock in Rio e a Inclusão
Outro ponto marcante do Rock in Rio foi a estreia das salas sensoriais no Brasil. Já testadas em outros eventos, como o The Town e o Rock in Rio Lisboa, foi a primeira vez que elas foram implementadas de forma tão estruturada no país. Isso mostra que a inclusão está sendo levada cada vez mais a sério em grandes eventos.
O uso do cordão de girassol também foi uma adição importante. Ele foi adotado para identificar pessoas com deficiências invisíveis, como o autismo, permitindo que elas recebessem suporte extra de forma discreta e eficaz.
Esses pequenos gestos ajudam a garantir que todos possam curtir o festival sem barreiras.
Fábio Coelho também comentou que iniciativas como essas podem inspirar outros eventos a seguirem o exemplo, tornando a experiência muito mais acessível e inclusiva para todos.
Ele ainda deu dicas para quem tem algum tipo de deficiência ou está levando um acompanhante, como se preparar visualmente e conhecer o local antes de ir ao evento, o que pode reduzir a ansiedade e melhorar a experiência.
As salas sensoriais no Rock in Rio 2024 foram um grande avanço em termos de inclusão e acessibilidade. Essas iniciativas mostram que a conscientização sobre as necessidades de pessoas neurodivergentes está crescendo, tornando eventos massivos mais acolhedores e prazerosos para todos.
A ideia não é apenas adaptar o espaço, mas sim garantir que todos possam curtir o festival de maneira confortável e segura.
