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Estudo Mostra Detalhes Sobre o Autismo em Menina

Estudo Mostra Detalhes Sobre o Autismo em Menina

O autismo em meninas se manifesta de forma mais sutil, dificultando o diagnóstico e exigindo atenção aos sinais desde cedo.
Autismo em menina
Autismo em menina

Recentemente, um estudo revelou novas informações sobre como o cérebro de meninas com autismo se desenvolve de forma diferente dos meninos.

E o que chama a atenção é que, embora o autismo seja mais comum em meninos, entender as particularidades do autismo em meninas é essencial para diagnósticos mais precisos e tratamentos adequados.

O Que a Ciência Diz Sobre o Autismo em Meninas?

Pesquisadores da Universidade de Stanford descobriram que o cérebro de meninas autistas tem conexões diferentes em áreas que influenciam a empatia, regulação emocional e comunicação social.

Isso pode explicar por que, muitas vezes, os sinais de autismo nas meninas são mais difíceis de detectar. Enquanto os meninos costumam mostrar comportamentos repetitivos mais evidentes, nas meninas esses sintomas podem ser mais sutis, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Além disso, foi observado que o córtex cerebral (a parte do cérebro responsável por várias funções importantes) se afina mais rápido nas meninas com autismo.

Essa diferença no desenvolvimento cerebral pode afetar o modo como elas se relacionam e interagem com o mundo ao seu redor.

Diagnóstico Tardio em Meninas

Muitas meninas acabam sendo diagnosticadas com autismo mais tarde do que os meninos. Isso acontece porque elas tendem a “camuflar” seus comportamentos, ou seja, imitam o comportamento das outras crianças para se encaixar socialmente.

Conforme o DSM-5, essa camuflagem social é uma das razões pelas quais os diagnósticos em meninas costumam ocorrer com atraso, por volta dos 7 a 8 anos, enquanto nos meninos o diagnóstico ocorre geralmente por volta dos 4 anos.

O diagnóstico tardio também reflete uma falta de conhecimento dos profissionais de saúde e educadores sobre as diferenças de apresentação do autismo em meninos e meninas.

Essa disparidade nos diagnósticos pode significar que muitas meninas só recebem apoio adequado muito depois de já enfrentarem desafios significativos em suas vidas sociais e acadêmicas.

Isso reforça a importância de conscientizar a sociedade e os especialistas sobre essas nuances.

Prevalência do Autismo em Meninas

Estudos indicam que, para cada 4 meninos diagnosticados com autismo, apenas 1 menina recebe o diagnóstico.

Porém, isso pode estar relacionado à forma como o autismo em meninas se manifesta. No mundo todo, estima-se que 1 em cada 100 crianças tenha autismo, mas acredita-se que muitos casos em meninas ainda passem despercebidos ou sejam diagnosticados tardiamente.

Apesar de as meninas representarem uma parcela menor dos diagnósticos, isso não significa que o autismo seja menos comum nelas.

Os sintomas mais sutis, como a habilidade de imitar comportamentos sociais e interesses mais aceitos, como a leitura ou animais, acabam mascarando as dificuldades que enfrentam no dia a dia.

Isso mostra como é importante ajustar os critérios diagnósticos para capturar esses sinais que podem não ser tão evidentes.

Sintomas de Autismo em Meninas

Os sintomas do autismo em meninas podem ser diferentes dos observados em meninos.

É importante prestar atenção a alguns sinais que podem ser mais sutis, mas significativos:

  • Dificuldade nas amizades: meninas com autismo podem ter dificuldade para manter amizades e interações sociais. Elas costumam se esforçar para imitar o comportamento de outras crianças, mas isso pode ser exaustivo emocionalmente.
  • Interesses intensos, mas aceitos socialmente: meninas autistas podem ter interesses fixos, mas em temas que passam despercebidos, como livros ou animais, o que pode mascarar os sintomas.
  • Ansiedade e depressão: essas condições costumam andar lado a lado com o autismo em meninas, mas muitas vezes os sinais de autismo acabam sendo confundidos com esses transtornos.

A Importância de Estudos Focados em Meninas

Estudos focados no autismo em meninas estão ajudando a revelar as diferenças importantes no desenvolvimento cerebral entre os gêneros.

Isso é fundamental para garantir diagnósticos mais precisos e intervenções adequadas.

Afinal, quanto mais entendermos essas particularidades, melhor será o suporte oferecido a essas meninas, garantindo um desenvolvimento mais saudável e equilibrado.

A falta de informações específicas sobre o autismo em meninas também aponta para uma necessidade urgente de mais pesquisas, além de uma maior inclusão de meninas nos estudos sobre autismo.

Com esses avanços, será possível ajustar os tratamentos e intervenções de forma que elas recebam um apoio mais alinhado às suas necessidades.

Entender o autismo em meninas exige olhar com atenção para os sinais mais sutis e as diferenças de comportamento.

Pesquisas como a da Universidade de Stanford estão abrindo novos caminhos para melhorar o diagnóstico e o tratamento, permitindo que mais meninas recebam o apoio que precisam desde cedo.

Veja mais em nosso blog –→ Quais São os Sinais de Autismo em Mulheres e Meninas?

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Valdemir Alexandre

NEUROPSICÓLOGO - CRP 06/12.562.0

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