Quando o assunto é autismo, muitas famílias buscam diferentes abordagens para melhorar a qualidade de vida de seus filhos.
Além das terapias convencionais, como a terapia ocupacional e a fonoaudiologia, existem várias terapias alternativas que têm sido amplamente utilizadas no autismo. Mas quais são essas terapias e como elas podem ajudar?
Vamos conhecer as mais usadas e entender um pouco mais sobre seus benefícios.
O que são terapias alternativas?
Entenderemos primeiro o que são as terapias alternativas.
As terapias alternativas são abordagens complementares que podem ser utilizadas junto com os tratamentos convencionais.
Elas não substituem as terapias tradicionais, mas podem oferecer benefícios adicionais, ajudando no desenvolvimento, na comunicação e no bem-estar geral de pessoas com autismo.
Essas terapias podem variar amplamente, desde práticas baseadas em evidências até métodos mais experimentais, e cada uma delas deve ser considerada com cuidado.
Terapias alternativas mais usadas no autismo
Existem várias terapias alternativas que têm sido populares entre famílias de pessoas com autismo.
A seguir, listamos algumas das mais comuns:
Terapia assistida por animais:
O contato com animais, especialmente cães e cavalos, pode ter um efeito calmante e ajudar na socialização.
A equoterapia, por exemplo, utiliza cavalos para melhorar a coordenação motora e promover a autoconfiança.
Além disso, a interação com animais pode reduzir a ansiedade e proporcionar uma sensação de segurança para as pessoas no espectro autista.
Leia nosso blog –→ Equoterapia autismo: entenda o que é.
Musicoterapia
A música pode ser uma poderosa ferramenta para expressar emoções e desenvolver habilidades de comunicação.
A musicoterapia envolve o uso de instrumentos musicais e a interação com sons e ritmos para ajudar as pessoas com autismo a se conectar de maneiras diferentes.
Estudos mostram que essa terapia pode melhorar a atenção, o comportamento social e até mesmo a fala em crianças autistas.
Terapia aquática
A água proporciona uma sensação de leveza e relaxamento, o que pode ser muito benéfico para pessoas com autismo.
A terapia aquática envolve atividades e exercícios em piscina, ajudando a melhorar a coordenação motora, a força muscular e a redução da ansiedade.
A sensação de flutuar na água também pode proporcionar um ambiente seguro e estimulante, onde a pessoa pode explorar suas habilidades motoras sem a pressão da gravidade.
Arteterapia
Através da arte, as pessoas com autismo podem expressar seus sentimentos de maneira não verbal.
A arteterapia usa a criação artística como uma forma de comunicação, promovendo o autoconhecimento e a autoestima.
Ela permite que as emoções e os pensamentos sejam externalizados de uma maneira que pode ser mais acessível do que a comunicação verbal tradicional, especialmente para aqueles que têm dificuldades em se expressar verbalmente.
Dieta e suplementação
Algumas famílias optam por ajustar a alimentação e incluir suplementos como parte do tratamento do autismo.
Embora os resultados possam variar, há relatos de melhorias no comportamento e na saúde geral com dietas específicas e o uso de vitaminas e minerais.
Dietas sem glúten e caseína, por exemplo, são populares entre algumas famílias, apesar de a ciência ainda estar investigando sua eficácia.
É importante que qualquer mudança na dieta seja acompanhada por um profissional de saúde para garantir que a nutrição da pessoa, seja equilibrada e saudável.
Como escolher a terapia alternativa certa?
Ao considerar uma terapia alternativa para o autismo, é importante fazer uma pesquisa cuidadosa e consultar profissionais de saúde.
Cada pessoa com autismo é única, e o que funciona para uma pode não ser eficaz para outra. Além disso, é essencial que essas terapias sejam utilizadas como complemento e não substituam os tratamentos tradicionais recomendados pelos especialistas.
Conversar com outros pais e participar de grupos de apoio também pode ser útil para ouvir sobre as experiências de outras famílias com diferentes terapias.
Importância de uma abordagem multidisciplinar
Integrar terapias alternativas com tratamentos convencionais pode oferecer uma abordagem mais holística e personalizada para o autismo.
Trabalhar com uma equipe multidisciplinar, que inclua médicos, terapeutas e outros profissionais, garante que todas as necessidades da pessoa com autismo sejam atendidas de maneira equilibrada e eficaz.
Isso também ajuda a monitorar o progresso e a fazer ajustes necessários ao longo do tempo, garantindo que a pessoa com autismo receba o suporte mais adequado possível.
Considerações finais
As terapias alternativas podem desempenhar um papel valioso no tratamento do autismo, mas é importante lembrar que elas devem ser vistas como complementares, e não como substitutos para as terapias convencionais.
A chave para o sucesso é encontrar um equilíbrio que funcione para o indivíduo e sua família, sempre com a orientação de profissionais capacitados.
Cada jornada no espectro autista é única, e ter acesso a uma variedade de opções terapêuticas pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida.
Lembre-se: você não está só!