Se você já ouviu falar em “graus de autismo”, deve ter se perguntado o que isso realmente quer dizer, certo? Bom, a ideia é simplificar o que, na verdade, é bem complexo.
O autismo é uma condição super diversa, e tentar encaixar tudo em “leve”, “moderado” ou “severo” pode ajudar, mas também pode deixar de fora muitos detalhes importantes.
O que são os graus de autismo?
Conheceremos um pouco o que significam os graus de autismo.
Quando falamos em “graus de autismo”, estamos basicamente tentando explicar a intensidade com que o autismo afeta a vida de uma pessoa e quanto suporte ela vai precisar no dia a dia.
Mas lembre-se: o autismo é um espectro, e isso quer dizer que cada pessoa é única, com suas próprias necessidades e habilidades.
Autismo leve: nível 1
No primeiro dos graus de autismo é um pouco mais tranquilo.
A pessoa pode precisar de um pouco de ajuda, especialmente quando o assunto é conversar ou lidar com mudanças na rotina.
Pode ser que ela tenha alguns comportamentos repetitivos, mas com um pouco de suporte, dá para encarar as situações do dia a dia numa boa.
Autismo moderado: nível 2
No nível 2, a pessoa vai precisar de mais apoio, especialmente para se comunicar e socializar.
As dificuldades começam a ficar mais evidentes, e é aqui que o suporte constante faz toda a diferença.
Comportamentos repetitivos e resistência a mudanças são mais presentes, e o suporte é essencial para que ela consiga se adaptar melhor ao cotidiano.
Autismo severo: nível 3
Neste nível, a necessidade de suporte é intensa.
A comunicação é bastante limitada, muitas vezes com atrasos na fala ou até mesmo ausência de linguagem verbal.
O apoio para realizar atividades diárias é essencial, e a pessoa pode ter comportamentos repetitivos e uma forte resistência a mudanças, o que exige acompanhamento constante.
Veja em mais detalhes em nosso blog –→ Quais são os 3 níveis de autismo?
Por que entender os graus de autismo é importante?
Saber em qual nível de suporte autismo uma pessoa se encaixa ajuda muito na hora de criar estratégias de tratamento.
Isso garante que ela receba o suporte certo, no momento certo, e que sua qualidade de vida seja sempre a prioridade.
Mas será que essa classificação é suficiente?
A ideia de dividir o autismo em níveis pode parecer útil à primeira vista, mas será que ela realmente abrange tudo o que o espectro representa?
Muitos especialistas, inclusive profissionais da área de autismo, questionam se essa abordagem não acaba sendo um tanto rígida.
Imagina só: uma pessoa pode ter dificuldade em se comunicar, mas ser super independente em outras áreas.
Então, dizer que ela está em um certo “grau” de autismo não mostra toda a complexidade da situação.
É como tentar colocar todos os autistas em uma caixinha, quando, na verdade, cada um é único e pode precisar de diferentes tipos de suporte.
Além disso, essa classificação por níveis pode levar a mal-entendidos, como pensar que uma pessoa no nível 1 é “mais capaz” do que alguém no nível 3, quando, na realidade, cada um enfrenta desafios diferentes.
Por isso, é sempre importante lembrar que o autismo é um espectro, e dentro dele, há uma variedade enorme de habilidades e necessidades.
O papel da família
Independentemente do nível de suporte, o mais importante é ver a pessoa com autismo como alguém cheio de potencial. Investir em terapias, estar presente no dia a dia, e garantir que ela tenha o apoio necessário é o que realmente faz a diferença.
O autismo não define a pessoa, mas entender as suas necessidades ajuda a construir um caminho cheio de possibilidades.
Os graus de autismo são uma tentativa de simplificar algo que é, por natureza, super variado e complexo.
No fim das contas, o que realmente importa é garantir que cada pessoa receba o suporte que precisa para viver da melhor forma possível.
Lembre-se: você não está só!