Você já se perguntou se o autismo vem do pai ou da mãe? Essa é uma dúvida comum entre muitos pais e cuidadores.
O autismo é uma condição complexa que envolve vários fatores, incluindo componentes genéticos e ambientais.
Neste blog, vamos explorar o que é autismo, os fatores genéticos envolvidos, e responder à questão central: autismo vem do pai ou da mãe?
O que é o autismo?
Antes de entendermos se o autismo vem do pai ou da mãe, vamos entender o que ele é.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento da comunicação, interação social e comportamento.
Os sintomas podem variar amplamente, desde leves a graves, e incluem dificuldades de comunicação verbal e não-verbal, comportamentos repetitivos e interesses restritos.
O autismo é considerado um espectro porque cada pessoa pode apresentar diferentes graus de intensidade e características.
Fatores genéticos no autismo
Para sabermos se o autismo vem do pai ou da mãe, precisamos conhecer os fatores genéticos envolvidos.
A ciência já estabeleceu que o autismo tem uma forte componente genética.
Estudos mostram que se um membro da família tem autismo, há uma probabilidade aumentada de que outros membros também possam estar no espectro.
No entanto, o autismo é altamente poligênico, o que significa que muitos genes diferentes podem contribuir para o desenvolvimento da condição.
Não existe um único “gene do autismo”, mas uma combinação de vários genes que podem aumentar o risco.
Pesquisas do Centro de Genética da Universidade de Harvard indicam que mais de 100 genes podem estar associados ao autismo, cada um contribuindo de maneira pequena para o risco geral.
Essas descobertas ressaltam a complexidade genética do autismo e como múltiplos fatores podem influenciar seu desenvolvimento.
Autismo vem do pai ou da mãe?
Nesse tópico, vamos entender se o autismo vem do pai ou da mae.
A resposta não é simples. O autismo pode ser herdado de ambos os lados da família.
Pesquisas indicam que tanto o DNA herdado do pai quanto o da mãe pode conter mutações genéticas associadas ao autismo.
No entanto, alguns estudos sugerem que certas mutações de novo (mutações que não são herdadas, mas ocorrem espontaneamente) podem ser mais comumente transmitidas pelo lado paterno.
Estudos de genética molecular têm revelado que, em alguns casos, as mutações que contribuem para o autismo podem ocorrer espontaneamente em genes específicos, sem serem herdadas diretamente dos pais.
Isso mostra a complexidade do autismo e a dificuldade de traçar uma origem genética única.
Um estudo da Universidade de Cambridge sugere que a idade avançada do pai pode estar associada a um aumento no risco de mutações de novo que podem contribuir para o autismo.
Estudos sobre a hereditariedade do autismo
Agora que tiramos algumas dúvidas sobre a pergunta “o autismo vem do pai ou da mãe?”, vamos ver estudos sobre o assunto.
Diversos estudos têm investigado a hereditariedade do autismo.
Um estudo importante publicado na revista Nature indicou que a herdabilidade do autismo é estimada em cerca de 80%, o que significa que a maioria dos casos de autismo pode ser atribuída a fatores genéticos.
No entanto, esses estudos também apontam para a importância de fatores ambientais que podem interagir com a predisposição genética.
Outro estudo, realizado pela Universidade de Stanford, destacou que irmãos gêmeos têm uma probabilidade muito maior de ambos serem diagnosticados com autismo, sugerindo uma forte influência genética.
Entretanto, mesmo em gêmeos idênticos, onde o DNA é idêntico, o autismo pode se manifestar de maneiras muito diferentes, o que reforça a ideia de que outros fatores, além dos genes, desempenham um papel importante.
Além disso, a pesquisa do Simons Foundation Autism Research Initiative (SFARI) destacou que fatores ambientais, como complicações durante a gravidez e exposição a substâncias tóxicas, também podem interagir com a predisposição genética para influenciar o desenvolvimento do autismo.
Leia nosso blog –→ O que causa autismo na gravidez?
O autismo é uma condição complexa com uma base genética significativa, mas não exclusiva.
A pergunta “autismo vem do pai ou da mãe?” não tem uma resposta definitiva, pois a herança genética pode vir de ambos os lados e também incluir mutações de novo.
O importante é entender que o autismo é multifatorial, envolvendo uma combinação de genes e fatores ambientais.
Se você tem preocupações sobre a hereditariedade do autismo, é recomendável consultar um geneticista ou um profissional de saúde especializado.
Lembre-se: você não está só!